SINOPSE:
O termo "Êxodo" deriva da versão Septuaginta Grega (LXX), que procurava intitular os livros a partir do seu conteúdo. O seu nome em hebraico é Shemôtht, que significa "Nomes", de acordo com o costume de judaico de intitular os livros a partir das suas palavras iniciais. (Êxodo 1:1 - "Estes são os nomes ..."; em língua hebraica We élleh shemôtht)
De acordo com a tradição, o Êxodo e os outros quatro livros da Torá foram escritos por Moisés na segunda metade do 2º milênio a.C., entretanto estudiosos modernos divergem da autoria por Moisés.
A Edição Pastoral da Bíblia sustenta que os capítulos 25-31 e 35-40 foram acrescentados por sacerdotes após o exílio na Babilônia.
A Bíblia não cita o faraó do Êxodo por seu nome, a data bíblica do Êxodo pode ser estimada por 1 Reis 6:1, em que se lê que Salomão começou a construir o Templo no quarto ano de seu reinado, 480 anos depois que os filhos de Israel saíram do Egito. A maioria dos estudiosos da Bíblia estima que o quarto ano do reinado de Salomão foi o ano 967 a.C. Logo a data do Êxodo teria sido 1447 a.C. (967 + 480), quando governava Tutmosis III, mas não há nenhum documento nem resto arqueológico egípcio que confirme este excepcional acontecimento.
A figura mais popularmente associada ao faraó do Êxodo é Ramsés II, embora não haja qualquer evidência arqueológica de que ele tenha tido de lidar com as Pragas do Egito ou qualquer coisa similar ou que tenha perseguido escravos hebreus fugindo do Egito. A estrela de Ramsés II em Beth Shan menciona dois povos conquistados que vieram a lhe "prestar obediência" na cidade de Ramsés ou Pi-Ramsés mas não menciona nem a construção da cidade nem os israelitas ou Hapirus. Ainda, acredita-se que Pitom tenha sido construída no século 7 ACE.
Por outro lado outros estudiosos apontam o ano de 1250 AC
Enquanto alguns arqueólogos deixem aberta a possibilidade de ter havido uma tribo semítica oriunda da escravidão no Egito e que uma figura como a de Moisés tenha realmente existido no século XIII AEC, rejeita-se a possibilidade de que o Êxodo tenha acontecido conforme descrito na Bíblia. Mais de um século de pesquisa arqueológica não descobriu nada que pudesse comprovar os elementos narrativos do livro do Êxodo - os quatro séculos de estada no Egito, a fuga de bem mais de um milhão de israelitas do Delta ou os três meses de jornada através do deserto até o Sinai. Os registros egípcios não fazem qualquer menção aos fatos relatados no Êxodo, a região sul da península do Sinal não mostra traços de uma migração em massa como descrita no Êxodo e virtualmente todos os nomes mencionados, incluindo Gosén (a região do Egito os israelitas supostamente viveram), as cidades-armazém de Pitom e Ramesés o local onde teria acontecido a passagem pelo Mar Vermelho (ou Mar dos Juncos) e o próprio monte Sinai não puderam ser claramente identificados. Acadêmicos que defendem a historicidade do Êxodo concedem que o máximo que as evidências podem sugerir é que o relato é plausível. Tem se tornado cada vez mais claro que a idade do ferro Israelense - os reinos de Judá e Israel - tem suas origens em Canaã e não no Egito: A cultura dos assentamentos israelitas mais antigos é Canaanita, seus objetos de culto são os mesmos do deus canaanita El, o trabalho da cerâmica reflete as tradições canaanitas locais e o alfabeto usado é o canaanita antigo. Praticamente a única distinção entre as cidades israelitas das áreas canaanitas é a ausência de ossos de porco, embora se este aspecto pode ser usado como um marcador étnico ou é devido a outros fatores permanece assunto de disputa.
O termo "Êxodo" deriva da versão Septuaginta Grega (LXX), que procurava intitular os livros a partir do seu conteúdo. O seu nome em hebraico é Shemôtht, que significa "Nomes", de acordo com o costume de judaico de intitular os livros a partir das suas palavras iniciais. (Êxodo 1:1 - "Estes são os nomes ..."; em língua hebraica We élleh shemôtht)
De acordo com a tradição, o Êxodo e os outros quatro livros da Torá foram escritos por Moisés na segunda metade do 2º milênio a.C., entretanto estudiosos modernos divergem da autoria por Moisés.
A Edição Pastoral da Bíblia sustenta que os capítulos 25-31 e 35-40 foram acrescentados por sacerdotes após o exílio na Babilônia.
A Bíblia não cita o faraó do Êxodo por seu nome, a data bíblica do Êxodo pode ser estimada por 1 Reis 6:1, em que se lê que Salomão começou a construir o Templo no quarto ano de seu reinado, 480 anos depois que os filhos de Israel saíram do Egito. A maioria dos estudiosos da Bíblia estima que o quarto ano do reinado de Salomão foi o ano 967 a.C. Logo a data do Êxodo teria sido 1447 a.C. (967 + 480), quando governava Tutmosis III, mas não há nenhum documento nem resto arqueológico egípcio que confirme este excepcional acontecimento.
A figura mais popularmente associada ao faraó do Êxodo é Ramsés II, embora não haja qualquer evidência arqueológica de que ele tenha tido de lidar com as Pragas do Egito ou qualquer coisa similar ou que tenha perseguido escravos hebreus fugindo do Egito. A estrela de Ramsés II em Beth Shan menciona dois povos conquistados que vieram a lhe "prestar obediência" na cidade de Ramsés ou Pi-Ramsés mas não menciona nem a construção da cidade nem os israelitas ou Hapirus. Ainda, acredita-se que Pitom tenha sido construída no século 7 ACE.
Por outro lado outros estudiosos apontam o ano de 1250 AC
Enquanto alguns arqueólogos deixem aberta a possibilidade de ter havido uma tribo semítica oriunda da escravidão no Egito e que uma figura como a de Moisés tenha realmente existido no século XIII AEC, rejeita-se a possibilidade de que o Êxodo tenha acontecido conforme descrito na Bíblia. Mais de um século de pesquisa arqueológica não descobriu nada que pudesse comprovar os elementos narrativos do livro do Êxodo - os quatro séculos de estada no Egito, a fuga de bem mais de um milhão de israelitas do Delta ou os três meses de jornada através do deserto até o Sinai. Os registros egípcios não fazem qualquer menção aos fatos relatados no Êxodo, a região sul da península do Sinal não mostra traços de uma migração em massa como descrita no Êxodo e virtualmente todos os nomes mencionados, incluindo Gosén (a região do Egito os israelitas supostamente viveram), as cidades-armazém de Pitom e Ramesés o local onde teria acontecido a passagem pelo Mar Vermelho (ou Mar dos Juncos) e o próprio monte Sinai não puderam ser claramente identificados. Acadêmicos que defendem a historicidade do Êxodo concedem que o máximo que as evidências podem sugerir é que o relato é plausível. Tem se tornado cada vez mais claro que a idade do ferro Israelense - os reinos de Judá e Israel - tem suas origens em Canaã e não no Egito: A cultura dos assentamentos israelitas mais antigos é Canaanita, seus objetos de culto são os mesmos do deus canaanita El, o trabalho da cerâmica reflete as tradições canaanitas locais e o alfabeto usado é o canaanita antigo. Praticamente a única distinção entre as cidades israelitas das áreas canaanitas é a ausência de ossos de porco, embora se este aspecto pode ser usado como um marcador étnico ou é devido a outros fatores permanece assunto de disputa.
0 comentários: